Complicações da prática não médica da acupuntura

Há muitos anos o CMBA tem se notabilizado por sua grandiosa luta em prol da acupuntura médica no país, combatendo veementemente a sua prática indevida. Trata-se de uma atividade eminentemente médica, não só por estar alicerçada em um procedimento invasivo, bem como, pela necessidade de um diagnóstico e prognóstico, além de um segmento clínico adequado. Sabidamente, a agulha de acupuntura para desencadear os seus efeitos, deve ultrapassar a pele, o tecido celular subcutâneo e em nível de músculo acessar uma terminação nervosa.
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Seria inimaginável um profissional sem formação adequada realizando tal procedimento. Por outro lado, como tratar sem diagnosticar?

Como estabelecer um prognóstico? Como conduzir avaliar e reavaliar um caso clínico? Como equilibrar a prática da acupuntura e a prescrição de medicamentos usados pela maioria dos pacientes com dor crônica dos serviços de acupuntura? como pelo menos, contornar possíveis complicações com o uso da prática sem formação médica? O que tem se verificado na realidade, é um número crescente de complicações com a prática não médica da acupuntura.

Alguns delas chegaram as manchetes dos jornais do país, outras estão sendo debatidas na justiça, mas infelizmente, um número expressivo de pacientes prejudicados prefere não proceder nenhum tipo de denúncia por total descrença nas instituições do país. Para um melhor esclarecimento selecionamos algumas dessas complicações.

Folha de São Paulo- Flávia Montovani.

O professor de epidemiologia Heleno Rodrigues Corrêa Filho 55 anos, que procurou uma acupunturista para aliviar as dores ocasionadas por um problema no menisco do joelho esquerdo. Em vez de deixar de sentir dor, passei muito mal e tive uma crise de hipoglicemia, com pressão arterial baixa, taquicardia e desmaio. Dependendo do nível da dor, agora prefiro a própria dor.

Folha de São Paulo – Flávia Montovani.

Em entrevista ao jornal do Brasil do dia 10 de agosto de 1997, a artista da Rede Globo de Televisão, Leandra Leal, denuncia, que seu pai faleceu vitima de uma sessão de acupuntura. O texto diz: Tranqüila, mais nostálgica, Leandra fala do pai, o advogado Julio Braz, morto há dois anos. Ele morreu numa sessão de Acupuntura. Houve barbeiragem de um sujeito. Um processo está em andamento. Ela assume que sempre foi muito paparicada e que sofreu demais na época. “ Foi uma barrona,, resolvi cair de cabeça no trabalho”.

Pai de artista morre em sessão de Acupuntura.

Em entrevista ao jornal do Brasil do dia 10 de agosto de 1997, a artista da Rede Globo de Televisão, Leandra Leal, denuncia, que seu pai faleceu vitima de uma sessão de acupuntura. O texto diz: Tranqüila, mais nostálgica, Leandra fala do pai, o advogado Julio Braz, morto há dois anos. Ele morreu numa sessão de Acupuntura. Houve barbeiragem de um sujeito. Um processo está em andamento. Ela assume que sempre foi muito paparicada e que sofreu demais na época. “ Foi uma barrona,, resolvi cair de cabeça no trabalho”.

Acupuntura causa acidentes e mortes na Inglaterra.

A coluna de Karina Pastore, intitulada- Em forma, da revista Veja do ultimo dia 27 de agosto de 1997, traz matéria referente a pratica da Acupuntura na Inglaterra. Médicos ingleses da Universidade de Exeter analisaram 56 estudos sobre os efeitos colaterais da Acupuntura. Agulhas não esterilizadas podem provocar infecções graves: de hepatite e septicemia a Aids. Mal aplicada, são um perigo, sobretudo para pacientes muito magros. Há um registro de 32 perfurações de pulmão e dois óbitos causados por agulhadas no coração.

Acupuntura mata mulher na Noruega

A revista médica “Lancet” relatou o caso de uma mulher que morreu ao se submeter a uma sessão de acupuntura. De acordo com os médicos da Universidade de Trondhein, na Noruega, a mulher reclamou quando o acupunturista inseriu uma agulha no peito dela. Horas depois ao chegar ao hospital, ela morreu. Exames revelaram que ela tinha um orifício no esterno (osso no meio do tórax), por onde a agulha passou e provocou hemorragia interna. O sangramento ocorreu na cavidade onde fica o coração, impedindo o funcionamento do órgão. Os médicos calculam que 4% das mulheres e 10% dos homens tem essa anomalia congênita.

Ministério Público de Santa Catarina.

O professor Cláudio Araújo Nascimento, sofrendo de náuseas de fortes na região abdominal, dirigiu-se ao Centro de Terapias Alternativas, localizado na “Chácara de Espanha”, sendo atendido pelo denunciado. Assim, após o denunciado analisar os exames de sangue, fezes, urina, endoscopia, etc. levados pela vítima, afirmou ser o problema de fundo psicossomático passando, a seguir, a acender incensos, após o que realizou uma sessão de acupuntura e receitou, além de substâncias florais, aplicação, em regiões específicas do corpo, de pequenos aparelhos destinados a eliminar a dor. Cobrou pela consulta o valor de R$ 50,00. Na manhã seguinte, após apresentar sérias indisposições durante toda a noite, a vítima voltou a entrar em contato com o denunciado, desta vez por telefone, ocasião em que este atestou que tal reação era resultado da ingestão das substâncias florais, recomendando-lhe que aumentasse as doses.No dia seguinte, por volta das 9 horas, ainda sofrendo das mesmas náuseas e dores e apresentando inchaço na região do abdômen, a vítima retornou ao profissional que insistiu na tese de que a condição advinha de um acúmulo de energia negativa. Repetiu, assim, uma longa sessão de acupuntura, aplicou agulhas e outros instrumentos e receitou um chamado “ floral de emergência”, salientando que ao final do tratamento acertariam as contas. Na tarde do mesmo dia, em estado de saúde alarmante, a vítima dirigiu-se ao consultório de um médico especializado (Dr. Ricardo Baratieri), tendo constatado tratar-se de um caso de emergência e prontamente encaminhou o paciente a uma das salas de cirurgia do Hospital de Caridade, após a realização dos exames preliminares. OBS: Paciente foi operado de quadro de apendicite aguda, e perdeu vários centímetros de alça intestinal já necrosados. O Acusado foi inocentado por falta de provas.

Crime de ação pública em Maceió.

O jornal Tribuna de Alagoas, do dia 15-07-97, publicou matéria onde o advogado José Fragoso Cavalcante, denuncia que a paciente Dione Martins, faleceu no consultório do massoterapeuta Antonio Soares Fonseca, durante o atendimento. Ela o acusa de negligencia. O Jornal diz: “O massoterapeuta Antônio Soares Fonseca, acusado de negligencia na morte de Dione Martins, vai responder por crime de ação pública. A informação foi dada ontem, pelo advogado da família da vitima, José Fragoso Cavalcante. Em seu depoimento, a filha conta que Dione Martins havia iniciado um tratamento com o profissional no dia 27 de maio para resolver problema de asma. Segundo ela, o terapeuta mandou suspender toda a medicação alopática que estava tomando. Jane Martins conta também, que quando a mãe começou a ter insuficiência respiratória, Antonio Martins não permitiu que a paciente usasse a bombinha para a asma. O agravante da situação é a ausência do socorro na hora apropriada, salienta o advogado. A família informou ao CMBA que a paciente vinha sendo tratada por Acupuntura.

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